Entendo o sistema de acentuação
O sistema de acentuação foi criado para que se acentuasse o mínimo necessário. Assim, as regras se apoiam no binômio "comparação/minoria": só se acentua o que for menos comum na língua. Quando uma oxítona e uma paroxítona têm terminação igual, só uma delas é acentuada - aquela que estiver no grupo menos comum. Como as proparoxítonas aparecem sempre em minoria, são todas acentuadas. Sabendo disso, jamais leremos " ibero, pudico, filantropo" como se fossem proparoxítonas e a própria ausência de acento indica isso. O 2º elemento do binômio é a comparação. Por exemplo: são poucas as paroxítonas terminadas em "r" - açúcar, éter, caráter, dólar, cadáver, revólver, mártir, fêmur e poucas mais. Já as oxítonas terminadas em "r" são inúmeras: calor, valor, menor, etc, e todos os verbos - amar, reler, sorrir, compor, etc. Deduzimos, então, que as oxítonas terminadas em "R" são comuns, muito comuns, e não serão acentuadas. Recebe acento o grupo das mais raras, da minoria - o grupo das paroxítonas terminadas em "r". Logo, todas as paroxítonas terminadas em "r" são acentuadas e nenhuma oxítona terminada em "r" recebe acento.